Santa Tereza

O Fiscal Sanitário Municipal Jader Alexandre Becker esteve presenta na Sessão da terça-feira, 21 de maio e prestou esclarecimentos sobre a água do município, entre elas a possibilidade da água estar contaminada com glifosato. Em sua fala o fiscal disse que é o responsável pela qualidade da água do município e disse que foi pego de surpresa pelos fatos abordados nas Sessões, por isso os esclarecimentos.  Disse que os dados são enviados para o Ministério da Saúde, através do Estado por sistema e o que aconteceu foi um equívoco no momento da digitação dos laudos. Explicou que em 2014, 2015 e 2016 houve uma transição do sistema e erroneamente foi digitado o valor de limite de quantificação (LQ) no local do resultado da análise, e informou que a água do município não está contaminada.

Hoje a empresa que faz as análises em Santa Tereza é a Artibras Saneamento e Engenharia, porém quem faz as análises semestrais é outro laboratório e optamos pela análise do glifosato, por ser um agrotóxico mais usado do Brasil e no mundo.  Ainda disse que existe uma portaria que menciona que se tem em torno de 28 a 30 agrotóxicos que poderiam ser analisados, porém nas reuniões realizadas no Estado, é dado prioridade ao o que é relevante na microrregião.  Falou que o município possui 12 poços artesianos e que as análises devem ser semestrais, porém por ser poço profundo, consegue-se diminuir o número de análises e damos prioridades para as análises de água superficial . “Temos que ter preocupação quando a análise da água profunda der alguma contaminação, porque é esta água dos poços que é para consumo” explica. 

A vereadora Gisele Caumo fez uso da palavra e agradeceu a presença do fiscal e disse que este assunto sobre a qualidade da água não e só preocupação e diz respeito aos vereadores e de toda a população.  Ainda disse que lançou a informação na Casa no dia 23 de abril e que não foi inventada e nem colocada na mídia por ela e sim porque moradores de Santa Tereza a procuram para buscar maiores esclarecimentos sobre a possibilidade da água do município estar contaminada com o glifosato. “Eu como vereadora, fiscalizadora do município coloquei esta questão na tribuna solicitando explicações, jamais afirmando a veracidade da informação. Solicitei tua presença por ser um relatório técnico e nada melhor que o responsável pelo preenchimento dos dados para prestar os esclarecimentos” explicou.  

Sobre a análise da vereadora Gisele nos relatórios, percebeu que o que difere é o nome de cada poço, porém  a quantidade do nível do glifosato é a mesma para todos os poços e pediu explicações sobre esta questão técnica ao fiscal.  Jader explicou que é permitido até 500 microgramas por litro e para ser imprópria ao consumo deveria estar superior.

Por fim a vereadora concluiu que os dados referentes a contaminação seria no ano de 2016 e que foi decorrente a um erro de digitação e que graças ao levantamento e observação dela e dos moradores o mesmo foi esclarecido pelo fiscal e repassado a mídia as informações corretas.  Assinalou ainda que um profissional de Vigilância Sanitária precisa ser um bom entendedor de legislação, de administração e da área de saúde. Disse que se sente privilegiada em ser vereadora e fiscalizadora do executivo.  

Quem também se manifestou foi o vereador Luiz Carlos Riboldi, que disse que quando colocada a questão sobre a contaminação da água, em nenhum momento foi acusado o município. Sugere que seja feito um trabalho de precaução e conscientização junto aos produtores e entidades do município.  E disse ainda ao Fiscal Jader Becker que ele precisa saber qual é o papel do vereador, que é de representar a comunidade e quando houver um problema, o vereador tem a obrigação de pedir explicações. 

O vereador Ivaldo Pissetti agradeceu a presença Fiscal Jader Becker e disse o quanto é significativa o esclarecimento aos vereadores e a população sobre o ocorrido e ainda disse que foi nobre a atitude do fiscal em assumir que o erro partiu dele, através da digitação. 

Ouça a integra da Sessão:

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